30 de julho de 2011

Temperando a vida

  
  Esses dias, passeando pelo Canadian Tire, me apaixonei e comprei pra minha cozinha um kit de temperos lindo, nos potinhos já vem o tempero e etiquetas com o nome em Inglês e Francês. Pensei: "É exatamente isso que preciso!" Agora, toda vez que estou cozinhando, dou uma lida nos potinhos pra tentar decorar o nome deles.
  É claro que consigo o nome do que eu quiser no grande amigo google translate, mas visualizar todo o dia as mesmas palavras naturalmente é a melhor tática para adquirir vocabulário, se essa lista estivesse no meu caderno, é claro que eu não iria ler ela com frequência, então já fica aí uma dica pra quem tá com dificuldade de decorar coisas simples do dia a dia, cola uma etiqueta com o nome em Inglês, ou a lingua que você está aprendendo, aos poucos você decora e nem precisa de muito esforço.

Fiz uma listinha com o nome dos temperos em Inglês e Francês, copiei os que vieram no meu kit e adicionei alguns que uso bastante, tenho certeza que essa listinha vai ajudar você no dia a dia, e muito!

Manjericão: Basil, Basilic
Manjerona: Marjoram, Marjolaine
Noz moscada: Nutmeg, Noix de Muscade
Orégano: Oregano, Origan
Louro: Bay Leaves, Feuilles de Laurier
Erva-doce: Fennel, Fenouil
Canela: Cinnamon, Canelle
Coentro: Cilantro or Coriander, Coriandre
Alecrim: Rosemary, Romarin
Tomilho: Thyme, Thym
Endro ou Aneto: Dill, Aneth (não é um tempero muito usado no Brasil, mas aqui já vi em alguns pratos e é delicioso, sabor suave e bem aromático, usado muito nos pratos Russos e Poloneses)
Cominho: Cumin, Cumim 
Salsa: Parsley, Persil
Cebolinha: Green Onion or Chives, Ciboulette


 Essas são minhas ervas preferidas e também as mais utilizadas no dia a dia, e pra quem adora o assunto, como eu, aí vai um blog muito interessante com receitas de mix de temperos que faz toda a diferença, afinal, quem resiste a uma comida cheirosa e bem temperada?
http://tachosdensaio.blogspot.com/2008/02/misturas-de-ervas.html

E aí? o que tem pro jantar hoje? Com certeza inspiração e vocabulário é o que não vai faltar!

21 de julho de 2011

A China Canadense


 Os passeios de fim de semana começaram a ser diferentes, pois estamos, aos poucos, conhecendo a nova cidade em que moramos, e procurando novos lugares para visitar todo final de semana.
  Domingo passado fomos almoçar num shopping bem diferente, um lugar enorme onde tem, de um lado, as lojas normais que tem em qualquer Mall, e do outro lado, lojinhas e praça de alimentação direcionados ao público Chinês, um lugar bem interessante e... diferente... digamos assim.
  Não dá pra dizer se gostei ou não, é um lugar bem curioso, e vale a pena conhecer, mas claro que faltou afinidade, pois não me identifiquei com o local, afinal, não sou daquela cultura, e não entendi a maioria dos anúncios (claro!) que estavam dispostos nas lojas, na praça de alimentação tinha a tradução em inglês pra ajudar na hora da fome.
  Lembrei da Chinatown de Toronto, com a diferença de haver apenas chineses e nós naquele Mall, em Chinatown você pode observar a presença de turistas e outras etnias, mas por Markham não ser tão turistica, só os habitantes locais passeiam por lá.
  Bem, Markham não tem uma variedade étnica tão grande quando Toronto, ou você é Chines, ou você é indiano, ou pertence aos 20 ou 25% restante que são a soma de todas as outras nacionalidades.
  Pelas fotos vcs podem perceber como a gente se sentiu peixe fora d'água: (clique para ampliar e ler os anúcios, se souber mandarim, claro!)

Uma das entradas 

Entrada e lateral
Praça de alimentação

O frango é assado com cabeça e patas, depois pendurado num gancho para venda,
 nada a ver com o nosso franquinho delicioso de padaria.

Mais carnes

Hã? 

Nesse a gente encontrou comida normal, comemos frango
(sem cabeça e patas, só a coxa e sobrecoxa), arroz e macarrão a bolonhesa

Aninha e seu Bubble tea, originário de Taiwan e muito popular por aqui no Canadá, é uma mistura de chá com suco de fruta, podendo ou não adicionar leite, as bolinhas são como um sagú bem grande, chamada de Tapioca, é mastigável e bem divertido de tomar a mistura, além de delicioso.

Mercado de ervas e desidratados, o cheiro não é muito agradável

Aninha tomando um achocolatado de soja

Casca de camarão, contribuia bastante com o cheiro  ruim do local

Não tenho certeza, mas parecia ser figo seco
  A comunidade chinesa é grande por aqui, se tivesse alguma amiga pra me ensinar, eu até arriscaria fazer algum prato com ingredientes da loja, curiosidade gastronômica não me falta, mas pra mim foi impossível identificar os produtos e ler as plaquinhas, só conseguia ver o preço.
  O tão famoso Yakisoba que comem por aí no Brasil, com vegetais e carne, não existe por aqui, Yakisoba é só o nome dado ao tipo de macarrão, pode ser que em alguma lanchonete eles já tenham ocidentalizado o prato, mas ainda não achei. Eles comem bastante o noodle, que seria o nosso miojo, fazem uma "sopa de macarrão", com vários ingredientes boiando na mistura, já achei em alguns restaurantes de shopping e ainda vou provar, pois é bem cheiroso e fica bonito.

  É isso, hoje estou bem inspirada e até fiz 2 post. Vou ficar em casa o resto do dia e curtir o meu ar condicionado com um sorvetinho, pois lá fora está uma onda de calor insuportável, 38 graus com sensação térmica de 49 graus, dá pra acreditar? Que bafo!
  É gente, Canadá não é só neve não, tem bastante calor também, mas principalmente, muitas curiosidades que ainda vão render muitos posts nesse blog. Até o próximo!

Os portões de chegada

  Quem mora longe de pessoas queridas e conta os dias para abraçá-los, vai entender direitinho o que senti quando li esse texto. Independente da crença religiosa, o texto é uma ótima leitura, e a comparação do nosso planeta com um aeroporto foi fantástica.
  Me fez lembrar de quantos dias faltam pra eu visitar a minha mãezinha, abraçá-la e gritar: MANHÊÊÊÊ!!! CHEGUEIIIIIII!!!!! Tomar um chimarrão com meu pai, e ouvir as histórias do meu irmão.
  Ô saudade, por que moras nesse peito?

Aeroporto Salgado Filho, muitas lembranças boas desses portões. Imagem:
http://portoalegrenacopa.blogspot.com/2010/08/governo-e-infraero-definem.html#comment-form


Os portões de chegada
Cada abraço daqueles guarda uma história diferente...
Cada reencontro daqueles revela um outro mundo, uma outra vida, diversa da nossa, da sua...
Se você nunca teve a oportunidade de observar, por mais de cinco segundos, todas aquelas pessoas – desconhecidos numa multidão - esperando seus amigos, seus familiares, seus amores, não tenha medo de perceber da próxima vez, a magia de um momento, de um lugar.
Falamos dos portões de chegada de um aeroporto, um desses lugares do mundo onde podemos notar claramente a presença grandiosa do amor.
Invisível, quase imperceptível, ali ele está com toda sua sublimidade.
Nas declarações silenciosas de um olhar tímido. No calor ameno de um abraço apertado. No breve constrangimento ao tentar encontrar palavras para explicá-lo.
Na oração de três segundos elevada ao Alto - agradecendo a Deus por ter cuidado de seu ente querido que retorna.
Richard Curtis, que assina a produção cinematográfica de nome Love actually – traduzida no Brasil como Simplesmente amor, traz essas cenas com uma visão muito poética e inspirada.
O autor oferece na primeira e última cenas do filme exatamente a contemplação dos portões de chegada de um aeroporto e de seu belíssimo espetáculo representando a essência do amor.
Ouve-se um narrador, nos primeiros segundos, confessando que, toda vez que a vida se lhe mostrava triste, sem graça, cruel, ele se dirigia para o aeroporto para observar aqueles portões e ali encontrava o amor por toda parte.
Seu coração alcançava uma paz, um alívio, em notar que o amor ainda existia e que ainda havia esperança para o mundo.
Isso tudo pode parecer um tanto poético demais para os mais práticos, é certo.
Assim, a melhor forma de compreender a situação proposta é a própria vivência.
Sugerimos que faça a experiência de, por alguns minutos, contemplar essas cenas por si mesmo, seja na espera de aviões ou outros meios de transporte coletivos.
Propomos que parta de uma posição mais analítica, de início, com algumas pitadas de curiosidade:
Que grau de parentesco possuem aquelas pessoas? - Há quanto tempo não se veem? -  De onde chegam?
Ou, quem sabe, sobre outros: Que histórias têm para contar! -  O que irão narrar por primeiro ao saírem dali? Sobre a família, sobre a viagem, sobre a espera em outro aeroporto?
Ao perceber lágrimas em alguns olhos, questione: De onde elas vêm? - Há quanto tempo não se encontram? - Que felicidade não existe dentro da alma naquele momento!
Por fim, reflita:
Por quanto tempo aquele instante irá ficar guardado na memória! O instante do reencontro...
Tudo isso poderá nos levar a uma analogia final, a uma nova questão: não seria a Terra um imenso aeroporto? Um lugar de chegadas e partidas que não param, constantes, inevitáveis?
Pensando nos portões de chegada na Terra, lembramos dos bebês, que abraçamos ao nascerem, com este mesmo amor daqueles que esperam num aeroporto por seus amados.
Choramos de alegria, contemplando a beleza de uma nova vida, e muitas vezes este choro é de gratidão pela oportunidade do reencontro.
É um antigo amor que, por vezes, volta ao nosso lar através da reencarnação.
Pensando agora nos portões de partida, inevitavelmente lembramos da morte, da despedida.
Mas este sentir poderá ser também feliz!
Como o sentimento que invade uma mãe ou um pai que dá adeus a um filho que logo embarcará em direção a outro país, a fim de fazer uma viagem de aprendizagem, de estudo ou profissional.
Choram sim, de saudade, mas o sentimento que predomina no bom coração dos pais é a felicidade pela oportunidade que estão recebendo, pois têm consciência de que aquilo é o melhor para ele no momento.
                                                           *   *   *
Vivemos no aeroporto Terra.
Todos os dias milhares partem, milhares chegam.
Chegadas e partidas são inevitáveis.
O que podemos mudar é a forma de observá-las.
 Redação do Momento Espírita com base no cap. Os portões de chegada, do livro O que as águas não refletem, de Andrey Cechelero.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 12, e no livro Momento Espírita v. 6,  ed. Fep.
Em 20.07.2011.

7 de julho de 2011

Medo de telefone



Eu olho pra ele, ele retribui o olhar.
E agora? Ligar ou não ligar?
E se não me entenderem? E se eu não entender?
I'm sorry, could you repeat please? Could you spell it please?
Ãh? Soletrar o que? Ai meu Deus, acho melhor desligar...

      E quando ele toca? Atender ou não atender?
      UFA... É só um telemarketing, dá pra entender!
      Hahaha, o inglês dele é até pior que o meu.
                                                 Não quero não seu moço, Thanks! Já disse que não, caramba...

                                     Mas eu acho que sim. SIM, eu vou ligar.
                                     Cadê o número mesmo?
                                     Hello, I would like some informations about...
                                     Nossa, ela respondeu... Nossa, eu tô entendendo...
                                     Peraí que vou pegar a caneta
                                     Aham, ok, aham, that's right! Thank you so much!
                                     Deu, passou... Ai que dor de barriga!!!

  Seria tão engraçado se não fosse verdade, a grande maioria dos estudantes de inglês morrem de medo do telefone, e eu não sou exceção.
  É muito mais difícil falar quando você não está vendo a pessoa e não consegue fazer mímica ou apontar para algum objeto, mas é algo extremamente importante quando se decide morar em outro país.
  Tarefa de hoje: ligar para as instituições de ensino, ou qualquer outro número, nem que seja pra passar trote (em inglês? Ah tá...) e treinar o meu listening.
  Good afternoon and Here I goooo!!! (Ai Jisuisss, ai minha barriga...)

5 de julho de 2011

Temporada de Summer Camp



  Mais um verão no Canadá! Dois meses de férias e muito calor.
  As familias viajam ou para o país de origem, ou para o interior, curtir os lagos e os Cottages, as modestas cabanas geralmente de madeira, no estilo rural, que enfeitam a paisagem verde e acolhedora.
  Mas e pra quem fica? O que fazem os pais que precisam trabalhar e não tem onde deixar os seus rebentos? Matriculam os pimpolhos nos programas de summer camp, claro!
  Os summer camps são oferecidos por escolas e instituições públicas, geralmente programas de 1 semana, em que você inscreve seu filho para fazer atividades com monitores, geralmente voluntários, e se relacionar com outras crianças. As atividades são jogos, esportes e brincadeiras nas piscinas públicas, que aqui é sempre muito bem limpa e cuidada.
  Essa semana a Aninha começou um programa de uma semana numa escola bem próxima, eu busco ela a pé, e a gente volta conversando e catando florzinhas.
  Matriculamos ela em alguns programas, pra ela ficar ocupada nas férias, uma semana numa escola, na outra semana folga e diversão em casa, depois uma semana no programa da biblioteca pública e assim vai indo até chegar Setembro.
  Não pude deixar de lembrar do primeiro Summer Camp que ela participou ano passado.
  De manhã, deixamos nossa menininha nas mãos de uma monitora e explicamos que ela não falava Inglês, a moça sorriu: "Nice! No problem!"
  Saímos de lá cabisbaixos, com a terrível sensação de que haviamos atirado nossa filha aos leões. Como ela iria se comunicar? E se sentisse sede? Fome? Vontade de fazer xixi?
  Foi um dia muito longo pra mim, e quando finalmente chegou as 4 da tarde, fomos buscá-la com o coração na mão, e cheios de curiosidades. 
  A resposta não poderia ter sido mais positiva, ocorreu tudo bem! Naquela semana a Aninha até ensinou alguns amiguinhos a contar até 10 e o nome de alguns animais em Português, as monitoras adoraram ela!

  Existem Summer Camps de várias atividades, com horários bem flexiveis, integral ou meio periodo, e cada cidade tem seu programa específico, procure no site da prefeitura da sua cidade.

 Pra quem mora em Toronto, o site é: http://www.toronto.ca/parks/torontofun/index.htm

  Bem, como agora moramos em Markham, nós pesquisamos em:

  Aliás, falando em Markham, muito pouca gente conhece essa pacata e linda cidade da GTA (Greater Toronto Area). Ela é do ladinho de Toronto, mas tem um ritmo bem mais calmo e consegue ser mais arborizada que a capital. 
  Aguardem fotos e posts dessa pitoresca cidade logo mais por aqui, afinal, eu também estou de férias, e  tempo é o que não me falta pra escrever no blog!