2 de dezembro de 2011

O Natal de quem mora longe!

  Pra quem não é do Rio Grande do Sul, eu explico. O Zaffari é uma companhia de supermercados muito famosa no Sul do Brasil, e tem como característica principal comerciais de muito bom gosto, e no fim do ano eles arrasam sempre com alguma mensagem emocionante. Esse ano não poderia ser diferente, quem mora longe vai se identicar direitinho com o rapaz do comercial, ou na mãe que aguenta pacientemente por sua visita. 


  Chorando heim??? Eu também... e muito!
  A Saudade aperta mesmo, e é muito bom quando ela acaba! Momentos assim são eternos, guardamos pra sempre na memória e no peito.
  Desejo a todos um Natal bem familia, perto de todos os entes queridos, mesmo que seja perto só no pensamento e coração! 
  Um dia não existirá mais lágrimas derramadas pela distância!

30 de novembro de 2011

Mais um inverno chegando!

Vinho e lareira, delícias do inverno
   Não dá pra dizer que a neve não é linda, ela atrapalha sim, mas tem seu charme!
 
  Por mais que seja longo o inverno e o frio rigoroso, muita gente aguarda a primeira nevasca do ano com muita felicidade, principalmente as crianças, parece que agora sim, o frio chegou!
  
  Ainda estamos no outono, mas as folhas já caíram todinhas, aquela paisagem colorida das folhas secas sumiu, e agora só nos resta curtir o horizonte branquinho, e rezar pro inverno ir embora logo. Mas antes, que tal aproveitar mais as lareiras, os chocolates quentes, o aconchego do seu sofá e a companhia de sua familia, dos seus amigos, do seu cachorro ou animalzinho de estimação.
 
  É difícil alguém que goste do inverno, e mesmo quem gosta, enche o saco rapidinho, mas não é por isso que se deve ficar de mau humor toda uma estação, aliás, o frio aqui dura muito mais de 3 meses, deve ser insuportável uma pessoa que depende do clima pra melhorar ou piorar o seu humor.

Calma, o inverno é longo, mas passa!!!
  Heeellloooooo!!!!! Há vida após o inverno, antes e durante também, que tal começar a planejar seus esportes da estação, curtir um Ski, patinar, sair no quintal e fazer o primeiro boneco de neve da temporada, ou simplesmente colocar a sua cadeira perto da janela e assistir a dança dos flocos caindo lentamente e se acumulando lá no chão.
 
  Quem me conhece sabe que adoro o verão, o sol e o mar, mas como já falei uma vez por aqui, quem não tem areia, caça com neve, vamos curtir a temporada da melhor forma possível, pacientemente até a primavera dar o ar da sua graça. Tá bom, sei que logo mais estou fazendo uma visitinha no Brasil e tirando umas férias da neve, será maravilhoso, mas ainda terei no mínimo 3 meses de frio pela frente depois, então tô preparando meu humor desde agora.

  Olha só os primeiros sinais do branquinho da neve por aqui em Markham: 

Da janela do quarto, admirando os primeiros flocos!

Na frente de casa, a rua começando a mudar de cor
   Viu só como não é tão ruim assim... Um pouco gelado, concordo, mas existe beleza e sabedoria em tudo que Deus criou. Aprendendo a comtemplar e agradecendo o lado bom, sobreviveremos a mais um longo e lindo inverno! Amém!


31 de outubro de 2011

Quem tem medo do Halloween?

   Mais um Halloween por aqui nas terras geladas, e esse promete ser bem melhor!
  Ano passado, estavamos morando num apartamento, e o condominio não permitia as crianças pedirem doces pelos corredores, então fomos com a nossa filha na vizinhança, onde tinham as casas, e lá a Aninha pode brincar por quase 2 horas, batendo de porta em porta e pedindo "Trik or Treat", ganhando os doces para encher o seu baldinho, voltamos pra casa com 2 sacolas e meia de tudo quanto foi guloseima.
  Hoje será um pouquinho diferente! Enquanto o Alex vai passear com a Aninha e assombrar as ruas do bairro, eu fico em casa, esperando as crianças baterem e distribuir os doces, compramos algumas balas em formato de olho, dedo, morcego, gato preto, tudo bem característico com a data, e vamos dar um kit com um personagem de Halloween para colorir.
  Fiz uma busca on line de algumas "gracinhas" pra mostrar pra vocês as delicias do Halloween:





  Hummm... dá água na boca né? Rsrsrsrsrs. Pior é que é gostoso mesmo, só a embalagem que assusta, tem uns dedos de gelatina, numa calda vermelha, que é nojento demais, mas tem gosto de morango, um doce normal, como qualquer outro, mas quem disse que dá vontade de comer? Só sendo criança mesmo!!!
  A Tradição do Halloween por aqui é muito forte, no fim de semana antes do dia das Bruxas, as pessoas saem fantasiadas, geralmente os mais jovens, vão pras baladas, ou simplesmente vão passear pelas ruas, exibindo suas fantasias, que não precisa ser necessáriamente de Bruxa ou Lobisomem, a criatividade corre solta e se vê de tudo, de super herói até personagem de desenho animado.
  Queria fazer um resuminho sobre a origem da data e tal, mas como bateu a preguiça, e hoje o Halloween se resume em um quase Carnaval, uma data em que todo mundo sai de casa fantasiado pra se divertir, não tem mais porque deixar de brincar um pouquinho por causa de motivos religiosos ou crenças que já nem existem mais, aí vai um link pra quem quer matar a curiosidade: AQUI Ó!!!
  Happy Halloween pra quem comemora, e pro Brasil, não se preocupem, em fevereiro tem carnaval e daí todo mundo veste a fantasia por aí também!


7 de outubro de 2011

Thanksgiving

Horn of Plenty, símbolo da abundância

  Esse final de semana é prolongado por aqui, as familias se reúnem para comemorar o tão tradicional Dia de Ação de Graças no Canadá, um feriado que não existe no Brasil, então, até bem pouco tempo atrás eu nem sabia do que se tratava essa nova data no meu calendário.
  Procurando por sites pelo google, achei várias versões sobre a comemoração, que é um agradecimento simbólico, comemorando a boa colheita e fartura, atualmente, as pessoas agradecem também por conquistas pessoais e novas oportunidades na vida. 
  A América do Norte comemora o Thanksgiving em datas diferentes, no Canadá a colheita chega mais cedo, por isso o feriado cai na segunda-feira da segunda semana de outubro, nos USA é comemorado na quarta quinta-feira de Novembro, ou seja, um feriadão daqueles, uma festa quase tão tradicional quanto o Natal.
  Os primeiros banquetes tradicionais tem datas bem remotas, a versão mais popular é a de 1621, quando os colonos organizaram um enorme banquete ao ar livre, servindo pato, peru, peixe e milho, entre outros alimentos, para agradecer o progresso, depois de invernos rigiorosos que devastaram as lavouras. O tradicional Peru, assim como no Natal, não pode faltar à mesa farta, acompanhado de  frutas, verduras e legumes.
  Não temos muita experiência nessa nova data comemorativa, mas é sempre bom reservar um tempo e agradecer as bençãos que Deus prepara a cada ano pra gente.
  Feliz Thanksgiving a todos! Com ou sem feriado e comemoração, espero que a colheita desse ano tenha sido muito farta para todos vocês!

24 de setembro de 2011

Ahhh!!! O Outono...

  Chegou a estação mais controversa do ano!


  Enquanto uns se sentem deprimidos e cabisbaixos por ter que aos poucos ir trocando o chinelinho e o short por botas e calça, outros ficam encantados com o espetáculo de cores que assola a cidade. Tem ainda os que ficam em cima do muro, num sentimento dúbio de "Nossa, que lindo!" e ao mesmo tempo "Ahh, que triste!"
  Lindo porque a cidade exibe matizes que não se encontram em qualquer lugar do mundo. Aos poucos, as árvores parecem que vão nos dizendo "Adeus! Voltarei na primavera!", e o verde vai desbotando devagarinho até chegar em tons de laranja e amarelo, e finalmente, num último suspiro, a folha cai.
  Triste por que a impressão que dá é que a árvore está morrendo, e morte sempre nos lembra FIM DE CICLO, e isso nos leva a pensar mais na vida, fazer uma retrospectiva interna, ficando mais nostálgicos.
  Com certeza é um momento de reflexão para todos, alguns até tem vontade de hibernar com os animais e só voltar a acordar na primavera, mas completo minha sentença com uma frase que li hoje no facebook:
  Se não tivéssemos inverno, a primavera não seria tão agradável: se não experimentássemos algumas vezes o sabor da adversidade, a prosperidade não seria tão bem-vinda.

Anne Bradstreet
  Bem, existem os que A-DO-RAM o frio, e não vêem a hora de passar a queda das folhas e começar a queda dos flocos de neve, como o meu marido, por exemplo.  
  Com as quatro estações bem demarcadas, a natureza oferece a cada 3 meses uma nova paisagem para contemplar, e quando a gente já está quase cansando do frio ou calor intenso, tudo muda por aqui, e temos a oportunidade de recomeçar sempre, junto com o ciclo climático.  
Outono de 2010, no James Gardens park
  Enfim, seja qual for o seu sentimento quanto ao Outono, saiba aproveitá-lo, ele só nos visita uma vez por ano, e se esforça muito em ser agradável, encerrando de forma colorida mais um ciclo da natureza, mas deixa em nós aquela sementinha que brotará linda e forte na próxima primavera.

6 de setembro de 2011

Imagens lindas de Toronto

  Querem conhecer um pouquinho de Toronto? O video a seguir é muito interessante e mostra pontos turísticos e nem tão turísticos assim:

http://vimeo.com/groups/nikonusa/videos/13757825

  Não achei o video no youtube, mas podem ficar tranquilos que o site é seguro!

  Pra quem está no Canadá, boa volta as aulas, pra quem está no Brasil, bom feriado de 7 de setembro!

23 de agosto de 2011

Vale a pena imigrar?

  Oi pessoal que segue o nosso blog,

  Depois de muitas idéias de assunto para falar aqui no Blog (e diversas vezes a Adriana me perguntando o porquê eu não escrevia aqui) eu (Alex) resolvi começar enumerando algumas dúvidas frequentes que nos fazem ao longo desse ano que estamos aqui. Segue o meu primeiro post, mas garanto que vou continuar respondendo as perguntas abaixo, ao menos 1 por semana a partir de agora.

Imigrar ou nao imigrar? Eis a questão. Na verdade as perguntas que nos fazem são as mais variadas, como:

- Já estão adaptados? Como é viver em um país diferente?

- É muito frio aí? Com aguentam o inverno? Trocar o calor do Brasil pelo frio daí, são loucos!

- Como é viver longe da família e dos amigos? Sentem saudades?

- Pensam em voltar? Quais os planos para o futuro?

- Eles são muito "frios" ai? Dá pra ter amigos "Canadenses"?

- E o mercado de trabalho para IT? Dá pra arrumar um trabalho logo?

- E a segurança? Tem como comparar com o Brasil? Qual a sensação aí?

- É verdade que o imposto de renda (o leão) "come" 40-50% do salário todo mês?

  No fundo, para muitas delas não há uma resposta definitiva pois cada caso é um caso, cada pessoa entende a transição de uma forma diferente e, mesmo repondendo a cada uma delas (oque pretendemos ir fazendo aqui no blog), na nossa cabeca existem outras perguntas que nao sabemos se algum dia serão respondidas, tais como:

- Valeu a pena?

- Será que fizemos a coisa certa?

- Quando olharmos pra trás daqui a 10 anos, como será que reagiremos?

- Estamos preparados para o futuro em um lugar diferente?

- Hockey? loonie? toonie? here or to go?, mortgage? furnace? Stanley Cup? pounds? etc. São palavras que não aprendemos em cursos de inglês ou mesmo que aprendamos não sabemos o que realmente significa até estarmos fora.

- Qual o impacto na vida de nossa filha viver em outro país? Será positivo, negativo, neutro?

- Nosso esforço em adaptação será até quando?

- Será que algum dia vamos entender 100% do que estão querendo nos dizer e essa língua vai ser tão natural quando o portugues pra gente?

- Estamos preparados para aprender coisas novas e palavras novas nos próximos 40 anos?

- Estamos preparados para não sabermos responder todas as perguntas de nossa filha? E até de aprender com ela a cada dia?

  E uma série de outras duvidas que estão sempre na cabeça de todos que pensam em vir, já imigraram ou que voltaram.


  Eu diria que sempre que decidimos algo na vida, mesmo que seja a de tomar um atalho ou ir pela rota normal que conhecemos para chegar à nossa casa, nos passa pela cabeca quase as mesmas questões acima. Mas, tomamos a decisão e nunca saberemos oque teria ocorrido se tivéssemos escolhido o outro caminho. Não é muito diferente quando tomamos a decisão de mudar pro Canadá.


 
  Outro frequente comportamento é a COMPARAÇÃO, que, na minha opinião, é muito perigosa, pois os pontos de vista são muito diversos e as percepções muitas vezes opostas entre 2 pessoas que tenham nascido e vivido no mesmo local. Não sabemos as respostas definitivas para as perguntas acima e muito menos temos a esperança de tê-las algum dia, mas acreditamos que podemos e devemos compartilhar as nossas experiências e que elas sirvam de "norte" para os que virão. As comparações nos ajudaram muitas vezes a sustentar nosso desejo de ficar e, garanto a todos que não temos hoje o mínimo interesse em voltar a morar em Sao Paulo (onde vivemos 10 anos e fizemos muitos amigos que amamos muito) e tampouco a Porto Alegre (onde nascemos e onde vive nossa família amada), mas concluímos que cada um tem o seu caminho e tem que seguí-lo, tomando suas decisões e fazendo com que cada decisão tomada:

Seja repleta de felicidade, mesmo vindo com muitos desafios e tristezas.
Seja segura, mesmo acompanhada de algumas incertezas.
Seja irrevogavel, mesmo que tenha sido tomada com algums dúvidas
Seja eterna, apesar de poder ter prazo definido
Seja AMOR, apesar de vir acompanha de distância.
Seja completa, apesar de parecer muitas vezes que algo falta.

  Gostaríamos de responder as perguntas acima tão logo tenhamos as respostas e, apesar de não serem definitivas e possivelmente expressarem um único ponto de vista, acreditamos que sim é possivel ser feliz onde quer que estejamos pois acreditamos que a felicidade e AMOR estão dentro de nós, e os levamos para onde quer que vamos.
  Se querem adicionar qualquer outra pergunta referente ao tema, iremos repondendo aos poucos e publicando, mas se quiser acreditar que é possível ser feliz,
 COMECEM HOJE!

Alex Boeira

17 de agosto de 2011

Community Centres


Felicidade é um copo de café e um bom livro!

  
  O verão já está acabando (mas jááá?) e nós estamos aproveitando as últimas semanas de Summer Camp (o que é isso? já escrevi aqui ó), estou agora numa biblioteca pública de Markham escrevendo em um computador enquanto a Ana tá lá numa salinha participando de atividades com outras criancas, o programa dessa semana é curto, e tenho que esperar ela por aqui, entao estou descobrindo o centro comunitário e a biblioteca pública Angus Glen, pertinho de casa.
  Ontem, logo que cheguei já me empolguei e quase peguei um Robin Cook pra ler enquanto esperava, mas caí na real, ainda não tô com o inglês tão bom assim pra devorar um livro desses, e pra não me frustrar, comecei com livros infantis, a parte de história e geografia é muito interessante, fácil de ler e com muitas gravuras, rsrs, isso dá uma estimulada e até ajuda a decifrar alguma palavra que você não conhece.
  Passeando pelos livros, encontrei uma parte só de crafts, PRONTO! pensei, aqui é minha praia! Muita inspiração pros meus próximos artesanatos! Nada melhor que um livro e um bom café, bem, nem tão bom assim, todos sabem que o café daqui é bem fraco e se você pede pequeno, ganha um copo de 300 ml de café, eles tomam como refrigerante, mas já acostumei, pelo menos dura bastante.
  Já fiz minha carteirinha ontem mesmo. A biblioteca aluga além de livros, DVDs e CDs de toda parte do mundo, ainda não achei livro em português, mas CD tem alguns com coletânea de música brasileira, samba e MPB.
  Aqui lembra muito as lojas de livros brasileiras, cheia de cantinhos legais pra você curtir com seu filho, espaço pra tomar café, e muitas mesinhas em cantos isolados pra vc poder se concentrar na leitura, uma delícia, ontem quase perdi a hora pra pegar a Aninha. Ah claro, mas com a grande diferença que é pública.
 Só não vou publicar o post agora por que o teclado daqui tá sem acentos, e eu tenho agonia de ler post sem acentos. Agora vou aproveitar um pouquinho meu tempo livre, meu café fraco e esse monte de livros pra explorar, Ô vida dura!

Entrada Angus Glen Community Centre

Pista de Patinação e Hockey, as moças eu nem imagino quem são

  Pronto, já estou em casa, coloquei os acentos no texto, e procurei algumas fotos pra mostrar o centro comunitário, lá você pode participar de vários programas, de 3 em 3 meses eles lançam outras atividades e você pode escolher se quer patinar no gelo (mesmo no verão tem), nadar, hockey, ginástica, programas pra terceira idade e outros, paga-se a matrícula a cada 3 meses, pois eles dividem por estações, tem os programas de verão, outono e assim vai.

Piscina do Centro
 
  Não pensem que é só na cidade de Markham, existem vários community centres em várias cidades, atividade aqui é o que não falta, basta procurar!
  Quem sabe não me arrisco a fazer umas aulinhas de patinação? Aguardem fotos dos tombos por aqui! Ai... doeu só de pensar...

11 de agosto de 2011

Coisas que só funcionam no Canadá

  Quando eu escrevo "Coisas que só funcionam no Canadá" está implícito: "Coisas que não funcionariam no Brasil", infelizmente.
  A idéia do post foi de um amigo que nos visitou, e ficou impressionado com os caixas self service de algumas lojas daqui, você mesmo passa os produtos no leitor de barras, passa seu cartão e vai embora feliz da vida com as suas comprinhas, simples e fácil assim:

Alex pagando as compras no Canadian Tire
  Existem algumas pessoas pra ajudar, caso algum produto não passe pelo leitor, mas ninguém fica cuidando se o cliente deixa algum produto sem registro (por que alguém pensaria nisso, não é mesmo?) 
  
  Outro fato bem interessante são os parquinhos, em vários existem brinquedos que as crianças levam e deixam por lá, eu achava que a prefeitura colocava, mas não, uma mãe me falou que são os próprios moradores que trazem e deixam, assim outras crianças também podem brincar. E claro, ninguém tem a idéia patética de levar os brinquedos dos outros pra casa, pra quê? Sempre que vc quiser brincar, eles estarão lá, no parque, sendo compartilhado com várias crianças.

Brinquedos a disposição de todos

Esse carrinho já faz parte da diversão do parque
  Lição de cidadania né? Quantos anos luz ainda faltam pro Brasil chegar perto de uma educação dessas?
  Ah! Só pra lembrar, hoje é o dia do estudante! 
  Lembro dos meus alunos do Brasil, da bagunça, do descaso de muitas familias, da falta de educação e comportamento, do cansaço dos professores em lutar contra tudo aquilo.
  Não tô querendo dizer que aqui não existe criança mal educada, adolescente rebelde, e que professor no Canadá é moleza, mas no Brasil é algo que fugiu de controle, se tornou um ciclo entre Familia omissa, Aluno rebelde e Professor desmotivado e doente.

  Bem, existem várias outras "Coisas que só funcionam no Canadá", a medida que for tirando fotos (pois só falando pode ser que vocês não acreditem) eu vou colocando por aqui.

  Aos estudantes Brasileiros desejo que estudem muuuuito, sem preguiça e com muita garra, pois é só a educação que salva um país, e a prática da boa cidadania começa com pessoas esclarecidas e familias orgulhosas do país em que vivem! AMÉM!!!

30 de julho de 2011

Temperando a vida

  
  Esses dias, passeando pelo Canadian Tire, me apaixonei e comprei pra minha cozinha um kit de temperos lindo, nos potinhos já vem o tempero e etiquetas com o nome em Inglês e Francês. Pensei: "É exatamente isso que preciso!" Agora, toda vez que estou cozinhando, dou uma lida nos potinhos pra tentar decorar o nome deles.
  É claro que consigo o nome do que eu quiser no grande amigo google translate, mas visualizar todo o dia as mesmas palavras naturalmente é a melhor tática para adquirir vocabulário, se essa lista estivesse no meu caderno, é claro que eu não iria ler ela com frequência, então já fica aí uma dica pra quem tá com dificuldade de decorar coisas simples do dia a dia, cola uma etiqueta com o nome em Inglês, ou a lingua que você está aprendendo, aos poucos você decora e nem precisa de muito esforço.

Fiz uma listinha com o nome dos temperos em Inglês e Francês, copiei os que vieram no meu kit e adicionei alguns que uso bastante, tenho certeza que essa listinha vai ajudar você no dia a dia, e muito!

Manjericão: Basil, Basilic
Manjerona: Marjoram, Marjolaine
Noz moscada: Nutmeg, Noix de Muscade
Orégano: Oregano, Origan
Louro: Bay Leaves, Feuilles de Laurier
Erva-doce: Fennel, Fenouil
Canela: Cinnamon, Canelle
Coentro: Cilantro or Coriander, Coriandre
Alecrim: Rosemary, Romarin
Tomilho: Thyme, Thym
Endro ou Aneto: Dill, Aneth (não é um tempero muito usado no Brasil, mas aqui já vi em alguns pratos e é delicioso, sabor suave e bem aromático, usado muito nos pratos Russos e Poloneses)
Cominho: Cumin, Cumim 
Salsa: Parsley, Persil
Cebolinha: Green Onion or Chives, Ciboulette


 Essas são minhas ervas preferidas e também as mais utilizadas no dia a dia, e pra quem adora o assunto, como eu, aí vai um blog muito interessante com receitas de mix de temperos que faz toda a diferença, afinal, quem resiste a uma comida cheirosa e bem temperada?
http://tachosdensaio.blogspot.com/2008/02/misturas-de-ervas.html

E aí? o que tem pro jantar hoje? Com certeza inspiração e vocabulário é o que não vai faltar!

21 de julho de 2011

A China Canadense


 Os passeios de fim de semana começaram a ser diferentes, pois estamos, aos poucos, conhecendo a nova cidade em que moramos, e procurando novos lugares para visitar todo final de semana.
  Domingo passado fomos almoçar num shopping bem diferente, um lugar enorme onde tem, de um lado, as lojas normais que tem em qualquer Mall, e do outro lado, lojinhas e praça de alimentação direcionados ao público Chinês, um lugar bem interessante e... diferente... digamos assim.
  Não dá pra dizer se gostei ou não, é um lugar bem curioso, e vale a pena conhecer, mas claro que faltou afinidade, pois não me identifiquei com o local, afinal, não sou daquela cultura, e não entendi a maioria dos anúncios (claro!) que estavam dispostos nas lojas, na praça de alimentação tinha a tradução em inglês pra ajudar na hora da fome.
  Lembrei da Chinatown de Toronto, com a diferença de haver apenas chineses e nós naquele Mall, em Chinatown você pode observar a presença de turistas e outras etnias, mas por Markham não ser tão turistica, só os habitantes locais passeiam por lá.
  Bem, Markham não tem uma variedade étnica tão grande quando Toronto, ou você é Chines, ou você é indiano, ou pertence aos 20 ou 25% restante que são a soma de todas as outras nacionalidades.
  Pelas fotos vcs podem perceber como a gente se sentiu peixe fora d'água: (clique para ampliar e ler os anúcios, se souber mandarim, claro!)

Uma das entradas 

Entrada e lateral
Praça de alimentação

O frango é assado com cabeça e patas, depois pendurado num gancho para venda,
 nada a ver com o nosso franquinho delicioso de padaria.

Mais carnes

Hã? 

Nesse a gente encontrou comida normal, comemos frango
(sem cabeça e patas, só a coxa e sobrecoxa), arroz e macarrão a bolonhesa

Aninha e seu Bubble tea, originário de Taiwan e muito popular por aqui no Canadá, é uma mistura de chá com suco de fruta, podendo ou não adicionar leite, as bolinhas são como um sagú bem grande, chamada de Tapioca, é mastigável e bem divertido de tomar a mistura, além de delicioso.

Mercado de ervas e desidratados, o cheiro não é muito agradável

Aninha tomando um achocolatado de soja

Casca de camarão, contribuia bastante com o cheiro  ruim do local

Não tenho certeza, mas parecia ser figo seco
  A comunidade chinesa é grande por aqui, se tivesse alguma amiga pra me ensinar, eu até arriscaria fazer algum prato com ingredientes da loja, curiosidade gastronômica não me falta, mas pra mim foi impossível identificar os produtos e ler as plaquinhas, só conseguia ver o preço.
  O tão famoso Yakisoba que comem por aí no Brasil, com vegetais e carne, não existe por aqui, Yakisoba é só o nome dado ao tipo de macarrão, pode ser que em alguma lanchonete eles já tenham ocidentalizado o prato, mas ainda não achei. Eles comem bastante o noodle, que seria o nosso miojo, fazem uma "sopa de macarrão", com vários ingredientes boiando na mistura, já achei em alguns restaurantes de shopping e ainda vou provar, pois é bem cheiroso e fica bonito.

  É isso, hoje estou bem inspirada e até fiz 2 post. Vou ficar em casa o resto do dia e curtir o meu ar condicionado com um sorvetinho, pois lá fora está uma onda de calor insuportável, 38 graus com sensação térmica de 49 graus, dá pra acreditar? Que bafo!
  É gente, Canadá não é só neve não, tem bastante calor também, mas principalmente, muitas curiosidades que ainda vão render muitos posts nesse blog. Até o próximo!

Os portões de chegada

  Quem mora longe de pessoas queridas e conta os dias para abraçá-los, vai entender direitinho o que senti quando li esse texto. Independente da crença religiosa, o texto é uma ótima leitura, e a comparação do nosso planeta com um aeroporto foi fantástica.
  Me fez lembrar de quantos dias faltam pra eu visitar a minha mãezinha, abraçá-la e gritar: MANHÊÊÊÊ!!! CHEGUEIIIIIII!!!!! Tomar um chimarrão com meu pai, e ouvir as histórias do meu irmão.
  Ô saudade, por que moras nesse peito?

Aeroporto Salgado Filho, muitas lembranças boas desses portões. Imagem:
http://portoalegrenacopa.blogspot.com/2010/08/governo-e-infraero-definem.html#comment-form


Os portões de chegada
Cada abraço daqueles guarda uma história diferente...
Cada reencontro daqueles revela um outro mundo, uma outra vida, diversa da nossa, da sua...
Se você nunca teve a oportunidade de observar, por mais de cinco segundos, todas aquelas pessoas – desconhecidos numa multidão - esperando seus amigos, seus familiares, seus amores, não tenha medo de perceber da próxima vez, a magia de um momento, de um lugar.
Falamos dos portões de chegada de um aeroporto, um desses lugares do mundo onde podemos notar claramente a presença grandiosa do amor.
Invisível, quase imperceptível, ali ele está com toda sua sublimidade.
Nas declarações silenciosas de um olhar tímido. No calor ameno de um abraço apertado. No breve constrangimento ao tentar encontrar palavras para explicá-lo.
Na oração de três segundos elevada ao Alto - agradecendo a Deus por ter cuidado de seu ente querido que retorna.
Richard Curtis, que assina a produção cinematográfica de nome Love actually – traduzida no Brasil como Simplesmente amor, traz essas cenas com uma visão muito poética e inspirada.
O autor oferece na primeira e última cenas do filme exatamente a contemplação dos portões de chegada de um aeroporto e de seu belíssimo espetáculo representando a essência do amor.
Ouve-se um narrador, nos primeiros segundos, confessando que, toda vez que a vida se lhe mostrava triste, sem graça, cruel, ele se dirigia para o aeroporto para observar aqueles portões e ali encontrava o amor por toda parte.
Seu coração alcançava uma paz, um alívio, em notar que o amor ainda existia e que ainda havia esperança para o mundo.
Isso tudo pode parecer um tanto poético demais para os mais práticos, é certo.
Assim, a melhor forma de compreender a situação proposta é a própria vivência.
Sugerimos que faça a experiência de, por alguns minutos, contemplar essas cenas por si mesmo, seja na espera de aviões ou outros meios de transporte coletivos.
Propomos que parta de uma posição mais analítica, de início, com algumas pitadas de curiosidade:
Que grau de parentesco possuem aquelas pessoas? - Há quanto tempo não se veem? -  De onde chegam?
Ou, quem sabe, sobre outros: Que histórias têm para contar! -  O que irão narrar por primeiro ao saírem dali? Sobre a família, sobre a viagem, sobre a espera em outro aeroporto?
Ao perceber lágrimas em alguns olhos, questione: De onde elas vêm? - Há quanto tempo não se encontram? - Que felicidade não existe dentro da alma naquele momento!
Por fim, reflita:
Por quanto tempo aquele instante irá ficar guardado na memória! O instante do reencontro...
Tudo isso poderá nos levar a uma analogia final, a uma nova questão: não seria a Terra um imenso aeroporto? Um lugar de chegadas e partidas que não param, constantes, inevitáveis?
Pensando nos portões de chegada na Terra, lembramos dos bebês, que abraçamos ao nascerem, com este mesmo amor daqueles que esperam num aeroporto por seus amados.
Choramos de alegria, contemplando a beleza de uma nova vida, e muitas vezes este choro é de gratidão pela oportunidade do reencontro.
É um antigo amor que, por vezes, volta ao nosso lar através da reencarnação.
Pensando agora nos portões de partida, inevitavelmente lembramos da morte, da despedida.
Mas este sentir poderá ser também feliz!
Como o sentimento que invade uma mãe ou um pai que dá adeus a um filho que logo embarcará em direção a outro país, a fim de fazer uma viagem de aprendizagem, de estudo ou profissional.
Choram sim, de saudade, mas o sentimento que predomina no bom coração dos pais é a felicidade pela oportunidade que estão recebendo, pois têm consciência de que aquilo é o melhor para ele no momento.
                                                           *   *   *
Vivemos no aeroporto Terra.
Todos os dias milhares partem, milhares chegam.
Chegadas e partidas são inevitáveis.
O que podemos mudar é a forma de observá-las.
 Redação do Momento Espírita com base no cap. Os portões de chegada, do livro O que as águas não refletem, de Andrey Cechelero.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 12, e no livro Momento Espírita v. 6,  ed. Fep.
Em 20.07.2011.

7 de julho de 2011

Medo de telefone



Eu olho pra ele, ele retribui o olhar.
E agora? Ligar ou não ligar?
E se não me entenderem? E se eu não entender?
I'm sorry, could you repeat please? Could you spell it please?
Ãh? Soletrar o que? Ai meu Deus, acho melhor desligar...

      E quando ele toca? Atender ou não atender?
      UFA... É só um telemarketing, dá pra entender!
      Hahaha, o inglês dele é até pior que o meu.
                                                 Não quero não seu moço, Thanks! Já disse que não, caramba...

                                     Mas eu acho que sim. SIM, eu vou ligar.
                                     Cadê o número mesmo?
                                     Hello, I would like some informations about...
                                     Nossa, ela respondeu... Nossa, eu tô entendendo...
                                     Peraí que vou pegar a caneta
                                     Aham, ok, aham, that's right! Thank you so much!
                                     Deu, passou... Ai que dor de barriga!!!

  Seria tão engraçado se não fosse verdade, a grande maioria dos estudantes de inglês morrem de medo do telefone, e eu não sou exceção.
  É muito mais difícil falar quando você não está vendo a pessoa e não consegue fazer mímica ou apontar para algum objeto, mas é algo extremamente importante quando se decide morar em outro país.
  Tarefa de hoje: ligar para as instituições de ensino, ou qualquer outro número, nem que seja pra passar trote (em inglês? Ah tá...) e treinar o meu listening.
  Good afternoon and Here I goooo!!! (Ai Jisuisss, ai minha barriga...)

5 de julho de 2011

Temporada de Summer Camp



  Mais um verão no Canadá! Dois meses de férias e muito calor.
  As familias viajam ou para o país de origem, ou para o interior, curtir os lagos e os Cottages, as modestas cabanas geralmente de madeira, no estilo rural, que enfeitam a paisagem verde e acolhedora.
  Mas e pra quem fica? O que fazem os pais que precisam trabalhar e não tem onde deixar os seus rebentos? Matriculam os pimpolhos nos programas de summer camp, claro!
  Os summer camps são oferecidos por escolas e instituições públicas, geralmente programas de 1 semana, em que você inscreve seu filho para fazer atividades com monitores, geralmente voluntários, e se relacionar com outras crianças. As atividades são jogos, esportes e brincadeiras nas piscinas públicas, que aqui é sempre muito bem limpa e cuidada.
  Essa semana a Aninha começou um programa de uma semana numa escola bem próxima, eu busco ela a pé, e a gente volta conversando e catando florzinhas.
  Matriculamos ela em alguns programas, pra ela ficar ocupada nas férias, uma semana numa escola, na outra semana folga e diversão em casa, depois uma semana no programa da biblioteca pública e assim vai indo até chegar Setembro.
  Não pude deixar de lembrar do primeiro Summer Camp que ela participou ano passado.
  De manhã, deixamos nossa menininha nas mãos de uma monitora e explicamos que ela não falava Inglês, a moça sorriu: "Nice! No problem!"
  Saímos de lá cabisbaixos, com a terrível sensação de que haviamos atirado nossa filha aos leões. Como ela iria se comunicar? E se sentisse sede? Fome? Vontade de fazer xixi?
  Foi um dia muito longo pra mim, e quando finalmente chegou as 4 da tarde, fomos buscá-la com o coração na mão, e cheios de curiosidades. 
  A resposta não poderia ter sido mais positiva, ocorreu tudo bem! Naquela semana a Aninha até ensinou alguns amiguinhos a contar até 10 e o nome de alguns animais em Português, as monitoras adoraram ela!

  Existem Summer Camps de várias atividades, com horários bem flexiveis, integral ou meio periodo, e cada cidade tem seu programa específico, procure no site da prefeitura da sua cidade.

 Pra quem mora em Toronto, o site é: http://www.toronto.ca/parks/torontofun/index.htm

  Bem, como agora moramos em Markham, nós pesquisamos em:

  Aliás, falando em Markham, muito pouca gente conhece essa pacata e linda cidade da GTA (Greater Toronto Area). Ela é do ladinho de Toronto, mas tem um ritmo bem mais calmo e consegue ser mais arborizada que a capital. 
  Aguardem fotos e posts dessa pitoresca cidade logo mais por aqui, afinal, eu também estou de férias, e  tempo é o que não me falta pra escrever no blog!
  

30 de junho de 2011

Finalmente o dia da mudança!

  Oi Genteiiimm!!!
  Sim, eu sei que estou sumida, que esse blog está jogado as traças, que eu estou sem inspiração e blá blá blá, podem me xingar à vontade, eu mereço, mas pelo menos deixem me explicar como foi corrido esses últimos dias e quem sabe eu até consigo o perdão de vocês! (dramááática...)
  Em primeiro lugar, junho é o mês de término do ano letivo por aqui, julho e agosto é férias pra gurizada, então todas aquelas festinhas e apresentações de fim de ano letivo que aí no Brasil acontecem em Dezembro, aqui acontecem em Junho, e a vidinha social da Aninha estava a mil, aniversários, festa de despedida da professora, apresentação na escola com direito a papel principal, hehe, e eu babando pela filhota que já está craque no inglês, mas UFA... conseguimos levá-la a todas as festinhas, e ela aporveitou pra valer! 
  Pra ajudar na muvuca, eu estava em semana de provas na escola de inglês, depois veio festinha na minha escola também (mas eu não precisei fazer teatrinho pro papai, KKKK) e pra fechar com chave de ouro, tinhamos que nos mudar e entregar o apartamento até o fim do mês, ou seja, HOJE!
  De manhã o Alex foi entregar as chaves, e desde sábado, depois da correria e dos amigos ajudando, estamos felizes no novo LAR DOCE LAR! (muuuito obrigado a todos que nos deram essa enorme força, Marcos, Rogerio, Paloma e familia!)
  A Mudança aqui você mesmo aluga um caminhão e leva as tralhas pro novo endereço, queria ter tirado uma foto do Alex caminhoneiro, mas nessas horas a gente nem lembra que foto digital existe!
  A Aninha que adorou a mudança, ficou o dia todo na casa de uma amiga que tem duas filhas mais ou menos na mesma idade, foi pra festa junina e tudo, se divertiu e não correu o risco de cair da mudança, seria impossível fazer algo com ela por perto. (Obrigado Dani e família!)
  Então foi isso, agora é arrumar as coisas por aqui e curtir a casa nova, e curtir o feriado também, amanhã é CANADA DAY!!! OBAAA!!!
  Pois é gente, semana passada o feriado foi no Brasil, agora é nossa vez né? Nada mais justo, hehehe! Beijos e bom fim de semana pra todos!

Esse aí não caiu da mudança!

Owww, esse caiu!!!
Esse também, tadinho!
 
 

13 de junho de 2011

French Immersion School

 

  Semana passada fomos num Open House na nova escola da Aninha, a equipe recebeu os pais e os novos alunos para uma reunião inicial com informações sobre o próximo ano letivo, que começa em Setembro.
  Sim! O meu bebê começará o Grade 1, a primeira série, e depois de muito pensar, decidimos colocá-la numa escola com programa de French Immersion, ou seja, ela será primeiro alfabetizada em Francês, e até o Grade 3 essa é a única lingua que ela vai aprender na escola, o Inglês só começará a ser ensinado no Grade 4, e no final do Elementary, o Ensino Fundamental, ela será uma aluna Bilingue, e será capaz de ler, escrever e falar o Francês e o Inglês.
  Na prática nós já sabemos que nem sempre é tão lindo assim, existem alunos em French Immersion com um nível de Francês bem baixo, muitos erros na escrita e na pronúncia, mas eu acredito que nessas horas o interesse dos pais também influencia muito a criança, e eu não vejo a hora da minha filha começar os seus estudos, estarei muito feliz ao seu lado, ajudando em cada homework que ela tiver. Aliás, a escola vai oferecer futuramente Francês para os pais também, assim poderemos auxiliar nossos filhos com mais segurança, nem preciso dizer que amei a idéia né?
  No início foi uma escolha bem difícil, eu pensava em como iria ficar a cabecinha de uma menininha que a recém aprendeu o Inglês, fala Português em casa, e agora comecará a escrever em outra lingua. Achei a resposta com uma amiga Brasileira que mora aqui a mais de 20 anos, a filha dela passou pela mesma situação, e o resultado foi muito positivo, ela se formará esse ano no Elementary School, e com 13 anos, ela já pode ser considerada uma pessoa Trilingue.
  A criança reage muito bem a esse tipo de exposição, a Aninha está na idade certa para aprender novas linguas, e eu estou cada vez mais segura quanto a isso. 
  Minha filha já assiste televisão sem perceber em qual lingua ela está assistindo, quando ligo em algum programa na TV Globo Internacinal, depois de uns 15 minutos ela pergunta: Por que eles estão falando em Português? As vezes ela nem percebe a diferença, mas quando ela pode escolher no DVD, ela ainda prefere a lingua materna, e pra mim é um alívio, UFA!!! Não quero que ela esqueça o Português e nem suas origens, pois tudo isso acaba ajudando no aprendizado de uma terceira lingua.
  Claro que pra Aninha a parte mais legal é ir e voltar de ônibus escolar, ela tá adorando a novidade, e eu tô louca pra ver ela sentadinha no busão amarelo, imagina que graça!
 
   Mas calma, muita coisa ainda vai acontecer até Setembro, estamos no fim das aulas por aqui, e primeiro a gente vai aproveitar bastante o Verão Canadense! OBRIGADO SENHOR!!!
  

4 de junho de 2011

Um ano!!! Já???

  Exatamente a um ano atrás, estavamos no aeroporto de Guarulhos, em lágrimas, nos despedindo de amigos muito queridos e deixando o nosso país, que apesar de tantos problemas, não dá pra dizer que não deixa saudades.
  Tenho lido muitos posts em outros blogs sobre o primeiro ano aqui no Canadá, e todos tem dois pontos em comum: a frase "Parece que foi ontem!" ou similares, e o saldo positivo pro Canadá, todos muito felizes, apesar de passarem por certas dificuldades.
  O mesmo acontece com a gente. Imigrar é muito bom, mas é sempre um processo doloroso.
  Quando a gente começa a abrir as gavetas e decidir o que levar e o que deixar, aquela sensação de "e agora?" começa devagarinho a nos preparar para mais tarde ter que se deparar com o pior, nos despedir das pessoas que fazem parte da nossa vida, e pensar: Quando verei minha mãe de novo? Será que esse amigo um dia irá me visitar? Puxa, eu não vou acompanhar o crescimento desse menino!!! Ai meu Deus... quando eu vou mergulhar no mar outra vez???
  Mas depois de enfrentar a dor da separação, e aprender a conviver com ela, vem em você o doce sabor da aventura, e tudo em sua volta se torna lindo! Sentir uma brisa diferente soprando no rosto, ouvir as pessoas falando outros idiomas, ver as folhas de outono no chão, comer o primeiro floco de neve! Tudo é uma divertida e emocionante descoberta, a gente volta a ver o mundo com olhos de criança, e sempre há motivos para grandes risadas!
 
  Depois da aventura, a realidade. Hora de procurar emprego, estudar o inglês, encontrar uma boa escola pra filha, se adaptar com novas situações e um cotidiano diferente, outra comida, outras opiniões e cultura, e a sensação inicial é "Eu não sou daqui!"
  Só que apesar de não ser daqui, você está aqui, e aos poucos tudo vai se encaixando!
  A evolução é devagar e sempre, a gente conseguiu aos pouquinhos tudo que planejou para esse primeiro ano: O Alex conseguiu um bom emprego e está realizado profissionalmente, a Aninha tá muito bem na escola e inglês pra ela nunca foi problema, eu estou melhorando o idioma e conquistando a confiança que precisava para agora sim ir adiante em outros projetos, financiamos nossa tão sonhada casa, e logo mais nos mudando para uma nova cidade.
  Cada vez que assisto o Jornal Nacional, vejo que fizemos a escolha certa. É maravilhoso viver num lugar seguro, onde a violência existe, claro, mas não é algo que está presente no dia a dia das pessoas, você pode sair tranquilo pelas ruas. As preocupações giram em torno do tempo, se vai nevar muito, se vai fazer muito calor, saber nos noticiários como está a economia Americana, qual o resultado do jogo de Hockey, e por aí vai, é raro assassinatos, e quando ocorem, o motivo não é roubos fúteis, ninguém perde a vida por causa de um tenis de marca, ou por alguns trocados na carteira. 
  Arrastão? Assalto a mão armada em plena luz do dia? Assalto no meio do trânsito? O que é isso? Você tem que explicar pra um Canadense como isso acontece.
  O nosso post não poderia ser diferente, estamos sim muito felizes!
  Existem os pontos negativos, claro, na minha opinião são:

  - Inverno muito longo. Ele é lindo, mas é muito tempo com neve e temperatura negativa;

  - Verão curto, e aqui não tem mar, só lago; (Ahhhh o maaarr!!!!)

  - A Saudade, claro! Não há como não falar dela, não vejo a hora de visitar o Brasil, mas só visitar.

  Se existisse uma maneira de trazer todos que amo pra morar aqui comigo, seria o lugar perfeito!

  
  A gente sabe agora o quanto nossa vida depende de escolhas, e o quanto temos que ser fortes para arcar com todas as consequências disso, mas principalmente, o quanto temos que agradecer por estar desfrutando de toda a bonança que vem depois da tempestade. 
  Imigrar é aprender a viver com o coração dividido.

  OH CANADA, WE LOVE YOU!!!
OH BRAZIL, WE MISS YOU!!!

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